Prevalece em muitos desses serviços o atravessamento diametral das cidades, com destaque óbvio para Barcelona, mas também Tarragona e Girona.
Assim de repente, de forma a fazer escola, salta-nos à vista a linha R4.
Tem 143 km entre Sant Vincent de Calders e Manresa. Frequências que variam entre os 15 e 30 minutos ao longo do dia. Mas obviamente esta linha não está desenhada para unir as duas cidades terminais da mesma, que fisicamente até só distam menos de 70km entre si.
Porquê então?
Porque não duas ou três linhas mais óbvias entre pontos intermédios?
Quem é que vai de comboio de Manresa para Sant Vicent de Calders?
Dificilmente alguém, mas ainda assim há essa possibilidade. E muitas mais.
É isso mesmo.
Esta linha cria possibilidades, estabelece ligações diretas entre todos os pontos na extensão da mesma! Caso a linha fosse fraccionada em linhas mais pequenas, estariam a promover transbordos. Roturas de carga que penalizam sempre a atratividade da solução de transporte.
Transpor a filosofia desta linha para a rede ferroviária Portuguesa, confronta imediatamente vários casos de roturas de carga entre várias ligações, que podiam ser rectificadas. Devem ser logo que a infraestrutura e o material circulante o permitam.
Alguns exemplos/propostas:
Sem grandes estudos e rigor, é certo... Estes exemplos são mais para aplicar e ilustrar o potencial dos conceitos de diminuir transbordos, atravessar diametralmente cidades e regiões, em serviços idealmente cadenciados.
Criar soluções, ligar territórios, abrir mais opções para mais necessidades diversas de deslocação.
O todo pode de facto ser muito mais do que a soma das partes!