A subregião do Cávado Litoral, é um triângulo entre a Póvoa de Varzim, Barcelos e Esposende, que é um território vazio quando nos dedicamos a ver os mapas e diagramas das redes de transporte da Região Norte do país.
As atuais carreiras urbanas não são atrativas. Mal comunicadas, sem presença no mapa/diagrama da rede de transportes. Horários irregulares, mal interligados com outros transportes e locais geradores de procura, pouco fiáveis, demorados e frequentemente presos no transito, não faz ninguém considerar sequer trocar o automóvel.
Tendo a Póvoa de Varzim e Barcelos acessos à
Rede Ferroviária de Interesse Regional, o corredor entre estas duas cidades poderia ter uma solução de transporte em sítio próprio, que as unisse.
É um corredor de baixa densidade, e como tal, uma solução ferroviária, ainda que ligeira, pode não se justificar.
É espaço para os ultimamente famosos BRT - Bus Rapid Transit, ou Metrobus como se gosta de chamar em Portugal.
Apesar de ser uma solução preferencialmente adequada aos centros urbanos, para vencer a concorrência do trânsito rodoviário banal, beneficiando de canal próprio e priorizado, nada impede que se estendam esses canais fora das cidades.
O acesso à Póvoa de Varzim é fácil de implementar, aproveitando o canal da antigo ramal da Póvoa a Famalicão, entretanto transformado em ecovia.
Entre a Estação da Póvoa e Laúndos, conseguia-se servir a zona nascente da cidade da Póvoa e o eixo suburbano que irradia para nordeste ao longo do canal da EN204.
Quanto à cidade de Barcelos, esta solução confere a possibilidade de estruturar um atravessamento diametral da cidade, perpendicular à linha do Minho e com intercessão na Estação Ferroviária a remodelar para Intermodal.
Um traçado entre Galegos e Vila Frescaínha, passando nas proximidades do IPCA e de várias zonas comerciais, escolas e o centro cívico da cidade.
Além das relações entre si, Póvoa de Varzim e Barcelos também se relacionam muito com Esposende. Estrelar este sistema de transportes em canal próprio entre as três cidades é uma visão que a geografia e os corredores entre elas permitem.
Esposende, Apúlia e Fão, acrescentam procura a este sistema, o oferecem coesão territorial. Esposende ficaria a um transbordo do acesso ferroviário em Barcelos ou na Póvoa.
Em Barqueiros, um ponto relativamente equidistante entre as três cidades, seria o local de convergência dos três ramos.
Na infraestrutura, imaginamos um canal segregado em via única, com alguns locais duplicados para cruzamentos.
Na operação deste sistema estrelado com três pontas, 3 linhas, cada uma com frequência de 30 minutos, que na prática serão 15 em cada localidade servida por duas.
Um conjunto de soluções de transporte, para estruturar um território Multipolitano, solucionar a sua má mobilidade interna e reforçar a conectividade com os territórios vizinhos.