sexta-feira, 15 de novembro de 2024

Linha do Vouga II - Nova Linha de Stª Maria

O corredor interior entre o sul de Gaia e Oliveira de Azeméis é bastante populoso e industrializado. Como tal, a demanda de mobilidade é imensa e hoje em dia está assente essencialmente na rodovia, o que é insustentável para a economia, ambiente e conforto das populações.

Para satisfazer as necessidades de movimentos interurbanos/regionais, só o comboio pesado pode oferecer capacidade, frequência, velocidade e fiabilidade adequadas ao território.

Assim, para responder à problemática da renovação da Linha do Vouga, torna-se preferencial assumir a construção de uma Nova Linha de Stª Maria, salvo melhor nomenclatura.

O maior desafio está na necessidade de um novo canal ferroviário entre Grijó e Stª Maria da Feira, com cerca de 17 kms atravessando algumas áreas densamente edificadas.

Viver e visitar a Suíça frequentemente é sempre uma inspiração. Avenidas e estradas nacionais não impossibilitam a circulação de comboios suburbanos nas imediações de Berna, Lucerna ou Zurique. Os espaços canais nas bordas na EN1 e de outras vias podem ser estudados para acomodar o canal ferroviário.

Com a inserção da futura linha de alta velocidade sul de Gaia, é oportuno aproveitar alguns escassos quilómetros entre Grijó e Stº Ovídio, em que os patamares de velocidade não serão ainda AV, tornando compatível a circulação de comboios regionais/suburbanos nas vagas horárias dos comboios de longo curso.
Entre Stª Maria da Feira e Oliveira de Azeméis, a opção deve recair pela renovação e rebitolamento da via, tal como ocorreu na linha de Guimarães no início do século.

Para cumprir a função regional/suburbana, neste território, a infraestrutura deve ser dimensionada para velocidades até 100 km/h, frequências de 2 comboios por hora e por sentido. Via única com alguns setores/apeadeiros duplicados para desvios.

O objectivo proposto que esta solução deve assegurar é ter Stª Maria da Feira a 27 minutos de Campanhã, S. João da Madeira a 38 e Oliveira de Azeméis a 48:

Suficiente para competir os tempos rodoviários e com isso tirar dezenas de milhar de automóveis das estradas.

Esta Nova Linha de Stª Maria, sucedânea de parte da Linha do Vouga, deve ser vista como parte de um Plano de Interesse Metropolitano e Regional, e não apenas como uma simples linha isolada.
A rede de interesse regional da Área Metropolitana do Porto e da Região Norte deve evoluir para linhas diametrais que atravessam o Porto e ligam os territórios em vez de se perpetuar em Campanhã uma barreira divisória entre o norte e o sul.

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