- Má visão e mau planeamento das redes de transportes
- o planeamento e a operação está refém dos interesses económicos dos promotores e operadores e novas organizações que se criam
- os decisores políticos estão capturados por lobbies, que levam a decisões erradas:
- p.ex.: febre dos metrobuses no lugar da ferrovia
- E… prevalece a cultura de transportes públicos como algo para pobres e remediados em vez de se cultivar o transporte para todos os cidadãos
- Perdemos a noção da nossa localização no país e na região, resignamo-nos com a nossa condição periférica em relação ao grande Eixo Atlântico:
- Temos hoje as piores ligações ferroviárias regionais/interurbanas comparando com o QU
- Com a concretização da nova Linha Porto-Vigo, ainda mais se vai cavar essa condição periférica
- Confundimos as nossas necessidades de mobilidade interna com as necessidades de mobilidade regional
- Aceitamos que nos imponham autocarros em via dedicada para o transporte regional, quando devíamos ter ferrovia para nos colocar de novo integrados no Eixo Principal
- Anda-se agora a falar em Metros de Superfície no ambiente urbano interno, no lugar do que deviam ser os autocarros em via dedicada (é o que é o BRT/Metrobus)
- Na mobilidade interna até já se falaram em exóticos “Teleféricos Interurbanos”, quando a rede viária, a pedonalização do centro e os transportes urbanos com padrões do séc.XXI estão por colocar em dia.
- Rede Viária e Qualidade do Espaço Público
- Transportes Públicos
- Pedonalição
- Mobilidade Ciclável
- Importante identificação dos corredores de mobilidade interna:
- EN101, EN206, EN105, Pevidém e S. Torcato
- Defesa de soluções de mobilidade em sítio próprio e evolutivas
- BRT/Metrobus evolutiva para Metro de Superfície
- Não integra os diferentes corredores nem estuda o atravessamento diametral da cidade deixando por ligar entre si os locais geradores de procura!
- Cria expectativas de uma solução por cabos (teleférico) que não é credível para assumir a principal função de mobilidade urbana
- Induz uma ideia de serviço urbano frequente na Linha de Guimarães, quando não há capacidade para tal sem que isso signifique hipotecar a melhoria das ligações regionais ao Porto e Região. Como aliás a IP e a CP já esclareceram.
- Negou à partida o estudo da ligação em ferrovia pesada
- Ignorando a escala regional do corredor ferroviário transversal do Minho entre o Alto Minho e o Vale do Ave
- especulou custos “elevados demais” para servir Guimarães
- como se este território não fosse altamente credor do centralismo do país
- Defendeu afincadamente a solução BRT/Metrobus apesar de ser a mais ineficiente no contexto interurbano
- Que colocou despudoradamente Guimarães como um subúrbio da rede de BRT de Braga
- Teve um sabor a acto de humilhação para Guimarães face aos seus pares regionais
- Reconhecimento do Território
- Diagnóstico
- Objectivos
- Estratégia
- Áreas de Intervenção
É nesta área e nestes corredores que a demanda de mobilidade é mais alta!
É nesta escala que se tem de redesenhar o sistema de transportes urbanos!
Esta redefinição da “cidade”, nos seus critérios não integra a área sul do município:
Lordelo, Moreira de Cónegos, Serzedelo e arredores, são em si, parte de um outro organismo territorial, intermunicipal nos vales do Ave e do Vizela, que merece na nossa visão geográfica uma abordagem própria.
Este estudo focar-se-á sobretudo na área sistémica de Guimarães.
- Centro Histórico como um todo
- Hospitais e Centros de Saúde
- Campus Universitários
- Escolas
- Serviços Administração Pública
- Estação Ferroviária
- Central de Camionagem
- Centros Comerciais e Mercados
- Parques Industriais e Tecnológicos
- Centros de Saúde
- Escolas
- Centros Comerciais e Mercados
Analisando os dados conhecidos de viagens pendulares dentro do território de Guimarães e os movimentos do/para o exterior do município, temos uma definição muito esclarecida dos corredores de mobilidade regionais que atravessam Guimarães e dos corredores internos de maior demanda:
- Poluição atmosférica e sonora com implicações na saúde🚬☢️
- Sinistralidade rodoviária⚰️
- Tempo perdido nas filas🤬
- Sedentarismo e falta de actividade física com implicações na saúde🏥
- Custos relevantes para as famílias na aquisição e manutenção automóvel💸💸
- Importação de combustíveis e automóveis com implicação na balança comercial do país💸💸
- Desenvolvimento da rede rodoviária simultaneamente com o declínio da rede ferroviária
- Suburbanização das cidades e dispersão pelo território
- As pessoas vivem mais nas periferias e isso gera maior necessidade de deslocações
- As redes de transportes não acompanharam essa suburbanização
- Espaço público desenhado para o automóvel
- Avenidas e ruas bastante permeáveis à circulação automóvel rápida e estacionamento fácil à custa de menos espaço para outras formas de deslocação - pedonal, ciclável e transporte público.
- Congestionamentos acentuados nas principais vias de acesso à cidadeQue penalizam o desempenho do transporte público rodoviário🚌
- Que se torna cada menos atrativo e induz fuga para o automóvel
- Conflito, animosidade na competição pelo espaço público 😰😠🤼♂️
- ☢️Ambiente insalubre☢️ à porta dos locais geradores de maior procura:
- Escolas🏫 e Hospitais🏥 por exemplo
Porque não é o Transporte Público suficientemente atrativo?
- Na Mobilidade Regional
- A ferrovia serve apenas um dos corredores principais identificados e termina em Guimarães, o que reduz o número de destinos/origens possíveis através deste modo:
Os serviços prestados não oferecem tempo competitivo com a solução rodoviária
As frequências horárias dos serviços são irregulares
As localizações das estações e apeadeiros estão longe dos locais geradores de procura
Os serviços rodoviários interurbanos prevalecem mas estão cada vez mais presos no trânsito nas vias de acesso à cidade
- Na Mobilidade Urbana:
- Fraca comunicação e promoção da rede da Guimabus
- Só agora 3 anos depois começam a aparecer diagramas da rede nas paragens
- Fiabilidade horária comprometida pelo trânsito automóvel
- Paragens desconfortáveis e invadidas por automóveis
- Acesso e bilhética complicada, cheia de condições e limitações
- Linhas radiais concêntricas em vez de linhas diametrais
- Locais geradores de procura desligados entre si
- Necessidade de mais transbordos e tempos de espera
- Fraca Intermodalidade:
- A Central de Camionagem e a Estação Ferroviária distam a 1,3 Km entre si
- As diferentes ligações e serviços estão descoordenadas em termos de horários gerando transbordos e aumentando tempos de espera
- Ausência de bilhética integrada e simplicada e desmaterializada
- As escassas ciclovias existentes estão orientadas para o lazer
- Não estão ligadas entre si
- Não ligam aos locais geradores de procura (escolas, hospital, centros comerciais, etc…)
- São frequentadas por peões para caminhadas o que gera conflito
- Vias partilhadas com o trânsito 🚦 🚗 não oferecem segurança
- Pisos em paralelo são perigosos quando chove
- Fonte de conflito e hostilidade automóvel põe em risco a integridade física do ciclista
- Não há estacionamento seguro e seco em todas as ruas
- Melhorar a Interconectividade Regional de Guimarães
- Reformar o acesso ferroviário à cidade e criar novas ligações de/para mais origens/destinos
- Extrair o tráfego rodoviário de atravessamento que não procura a área urbana
- Diminuir o tráfego de atravessamento das ruas em áreas residenciais
- Sinistralidade Rodoviária Objectivo ZERO mortes
- Aumento da mobilidade ciclável para 10% de quota modal
- Aumento do uso de transportes públicos para 35% de quota modal
- Sem o discurso negativo de reduzir o assunto à proibição do trânsito
- É preciso dosear os impactos das mudanças de hábitos na vida das pessoas
- É precisa muita pedagogia para trazer as pessoas para causa
- A mobilidade induz-se e passamos décadas a induzir o uso do automóvel, com bastante sucesso😈, diga-se.
- É a qualidade das alternativas ao automóvel que vai reverter esta tendência
- Não bastam discursos hipócritas de sustentabilidade ambiental e gratuidades se as soluções de mobilidade não forem capazes, rápidas, fiáveis, seguras e acessíveis. São precisas intervenções na mobilidade a sério!
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